Um lugar longe do chão,
Um abismo, se me entende,
Silencioso e tenebroso.
Um lugar onde possamos estender nossos braços
E abraçar intactas lembranças,
Intensas viagens e memórias,
Inesquecíveis histórias,
Falsas vitórias.
Valores artificiais, crenças e somatórias.
De minha memória
Trescala a tua ausência,
E em meus braços, onde há transparência,
Onde se desenhava a forma de uma bela moça,
Encontra-se o vazio, vago de essência.
A bela criança, a minha bela, linda e amorosa,
Do outro lado do espelho ainda chora.
Ou como for...
E em meus braços, onde há transparência,
Onde se desenhava a forma de uma bela moça,
Encontra-se o vazio, vago de essência.
A bela criança, a minha bela, linda e amorosa,
Do outro lado do espelho ainda chora.
Falta-lhe alguém.
E por mais que outras lembranças lhe digam:
- Não há mais ninguém!
Ela não se põe a ir embora.
Lágrimas de insistência
Que deslizam pelo seu rosto,
Encontram o abismo e de lá pulam
Ao encontro da morte, a valor da consciência.
Não há ninguém para resgatá-las,
Ou enxugá-las.
Cheias de consistência e vigor
Cálices abundantes de amor
Definham e murcham, como flor.
E deste lugar, muito além do chão,
Sente-se viva a minha memória, a minha vida,
Tão breve desde então...
Sinto chover em meu interior,
Petrificar-se meu exterior.
Mesmo que alague e transborde,
Ainda vivo, entorpecido de dor.
Apesar de tudo que a sina me trouxe e levou,
Lágrima não sou,
Apenas aparência do que restou...
E mesmo que a vida me desconcerte,
Eu hei de erguer esperanças com o que sobrou.
Trilhei meu caminho
Cadente, deslizei sobre a bela superfície.
Dancei, agitei-me, atuei,
E encontrei-me dentre espinhos.
O silêncio latejou.
A borboleta que um dia libertei
Encadeou-se.
O sol que um dia sonhei
Se fechou.
A Terra que tanto afagou
Com seus raios radiantes de amor;
Seus vales e florestas, seus sonhos e memórias,
Tudo escondeu-se do seu senhor.
Mas em algum lugar,
Entre seu coração e os espinhos,
Lembranças ainda vivem.
Ofegam, mas resistem...
Um lugar longe do chão,
E por mais que outras lembranças lhe digam:
- Não há mais ninguém!
Ela não se põe a ir embora.
Lágrimas de insistência
Que deslizam pelo seu rosto,
Encontram o abismo e de lá pulam
Ao encontro da morte, a valor da consciência.
Não há ninguém para resgatá-las,
Ou enxugá-las.
Cheias de consistência e vigor
Cálices abundantes de amor
Definham e murcham, como flor.
E deste lugar, muito além do chão,
Sente-se viva a minha memória, a minha vida,
Tão breve desde então...
Sinto chover em meu interior,
Petrificar-se meu exterior.
Mesmo que alague e transborde,
Ainda vivo, entorpecido de dor.
Apesar de tudo que a sina me trouxe e levou,
Lágrima não sou,
Apenas aparência do que restou...
E mesmo que a vida me desconcerte,
Eu hei de erguer esperanças com o que sobrou.
Trilhei meu caminho
Cadente, deslizei sobre a bela superfície.
Dancei, agitei-me, atuei,
E encontrei-me dentre espinhos.
O silêncio latejou.
A borboleta que um dia libertei
Encadeou-se.
O sol que um dia sonhei
Se fechou.
A Terra que tanto afagou
Com seus raios radiantes de amor;
Seus vales e florestas, seus sonhos e memórias,
Tudo escondeu-se do seu senhor.
Mas em algum lugar,
Entre seu coração e os espinhos,
Lembranças ainda vivem.
Ofegam, mas resistem...
Um lugar longe do chão,
Um abismo, se me entende.
Um lugar onde possamos estender os braços
E nada abraçar...
Deixar o ar nos atravessar, e desaparecer.
Deixar-se esquecer,
De existir.
Tornar-se lembrança e resistir.
Ainda vivo,
Entorpecido,Um lugar onde possamos estender os braços
E nada abraçar...
Deixar o ar nos atravessar, e desaparecer.
Deixar-se esquecer,
De existir.
Tornar-se lembrança e resistir.
Ainda vivo,
Ou como for...
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