Fora do quarto estava quente,
E o medo de descer as escadas o dominava.
Ninguém sabia o que ele tinha em mente,
Um inseto em seus ouvidos sussurrava.
Desce ao Aqueronte - segue em frente,
Mas nunca se esqueça daquilo que "amava".
Desce ao Aqueronte, ele e a serpente,
Pois além dos servos e a fumaça, Cérbero o aguardava.
O garoto via gente.
Gente condenada
Pessoas friamente
Enterradas, sufocadas.
Mas ninguém sabia o que ele tinha em mente,
E o revolto zumbido continuava.
E ninguém sabia o que ele tinha em mente,
Mas o revolto zumbido se irava, e gritava.
Ele tapou os ouvidos
E voltou para o quarto onde ninava.
O besouro de sangue ardente
Lá no Cócito fumegava
Enquanto o garoto inteligente
Nada entendia do que o diabo pronunciava.
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