Um eufórico triste; um palhaço perdedor. Assim me senti após assinar um novo contrato com o amor. Ao se passarem os dias, não sei se o céu se tornava mais denso-cinza ou mais límpido-azul. Minhas palavras eram certas; subordinadas de pensamentos inspirados na esperança de cada dia. Eu dizia que a amava; ela dizia que eu a teria; e quanto mais essa luz brilhava, mais convicto a seguia. Eu estava sentado na margem do porto, olhando em direção ao horizonte, onde via as torres; os telhados; o topo das mais diversas construções do paraíso. Eu esperava meu barco. Esperava minha felicidade. Esperava... Esperava... E ainda espero por este nada. Vieram barcos dos mais variados lugares; dos povos mais estranhos. Porém vieram em busca de outros, não de mim.
Um eufórico triste; um escravo da esperança. Prisioneiro dos pretextos para o otimismo. Náufrago no mar das expectativas. Um palhaço perdedor: a esperar seu resgate no posto errado; no momento errado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário