Neve que cai como cristal
Brilha fora do normal
Ouço sinos
Mas não é natal
Isto é irreal
Sobre o branco
Manchado o vermelho
Um manto
Que cobre o espelho
Posso ver minhas mãos
Que se tornaram inertes com o tempo (preciso pensar, preciso fugir).
Mas para onde vou correr?
Se como o vento eu me persigo
Mesmo preparado para fugir
Não posso sentir
O caminho certo para seguir
Sou a máquina inerte
Impura e sem prece
Ouço os sinos
Mas não é natal
Movem-se os pinos
Sobre o tabuleiro final
Preciso pensar
- Não se abandona o próprio sem par
- Não se entrega ao ódio o seu singular
Estou a estancar
Este sangue que jorra de meu lar
Sobre o branco
Um encanto
Sobre o espelho
Marcado o vermelho
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