Chove eternamente
Na dimensão da filosofia
No vazio da vida
Chove incessantemente
Como uma rajada de pregos
Numa paisagem cinza
Num cenário sem nome
Dentre os pilares que sustentam a Terra
Eis que no santuário da sabedoria
Onde ouve-se, além do ruído da chuva
O chiado das aves
Que se escondem e protegem seus ninhos
Do vazio da sina,
Do abismo e dos vales
Chove eternamente
Na paisagem cinza
Que é o vazio da vida
A tenebrosa escuridão
Onde toda luz fora fabricada.
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