Cantam o derradeiro septeto aos últimos habitantes da Terra
Oh Ópera acompanhada do órgão das lamentações
Conforte-os e acomode-os na escuridão
Dos sonhos desenhados em pétalas
Destruídas pela pigmentação
Da morte que vem cinza
E transforma em pó a vida.
Ah, sangue que não corre mais
Nas veias metálicas da perfeição
Tecnologia infalível nas mãos de poetas
Construtores da mais caótica arte
Alimentada por confianças indiretas
Para estruturar um futuro de escassez
Onde a carne se torna pedra.
Sina fraca
Vida frágil
Em campos de guerras
Violentas; sangrentas
Contra a inteligência vital
De consciência ímpar; emocional.
Vida fraca
Sina frágil
E decisões arriscadas
Em nome do Eu
Que amaldiçoa a vida
E nega carne a quem não herda.
Não há força
Não há mérito
Há quem vaga pelo deserto
"O desequilíbrio mora no espírito do exército;
O desequilíbrio foi atingido com sucesso."
Sem cor
Exala oxidação
A pele vermelha e machucada
Das últimas almas
A permutarem no espaço do imenso vazio
Na garganta do universo.
Cantam o verdadeiro septeto aos últimos filhos da Terra
A Ópera conduzida por ruídos e gemidos
Da vasta constelação de fios
E curto circuitos
Que agora constituem a nova era.
- O céu vermelho
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