Ligações de gelo; laços frágeis
Facilmente quebrados
Por um dedo, por uma data.
Diga-me que fatos são reais.
Então exemplifique-me,
Pois os quadros na parede, e a escada,
São apenas reflexo do homem, e nada mais.
Quero entender, por que chegamos aqui?
Quero saber por que devemos aprisionar um sentido à tudo
Se a vida, tão frágil, nos ensina primeiramente sobre a alma,
Depois vêm os braços e as falas.
Essas suas teorias, tão débeis,
Tão inseguras e escassas,
Enriquecidas de podre intelecto humano,
Apenas acumulam dúvidas infecciosas no ar.
Diga-me que parte deste mundo é real,
Então justifique-me.
Pois aprendemos tudo do nosso jeito.
Quem não diria que um mais um é dois?
Mas aprendemos tudo do nosso jeito,
E só sabemos o que entendemos,
Até que o destino vos decepe a vã ciência.
Até que se dilacere a vã ciência em ligações quebradas
De neurônios, de laços
- de gelo.
O sentido foi suspenso no universo
Por uma corda frágil,
À qual todos nós nos seguramos
Com todos os músculos da fé.
Nos seguramos ao sentido até que o universo prove o contrário.
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