30 de abril de 2012

Donzela de Gelo

Cegamente volto eu
Ao lar da moça pálida
Petrificada, sem essência

A face já desfigurada
Com lágrimas congeladas
A deixarem os olhos
A ficarem caladas

Enquanto fico a observar
Seu cristalino olhar
E fico a vagar
Em meu lugar de óbito
Até que as tristezas do rio
Suguem todo meu calor
E se faça um buraco no gelo
Bem ao lado do dela
Da minha Donzela
Donzela do Cócito
Amor de Judeca...

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