30 de junho de 2011

Só a gente entende

Poetas que sofrem, sofrem por querer,
Dão parte de sua alma para a verdade desvendar;
Seu caminho encontrar.
Pena que nem tudo é para entender.
Possa talvez se identificar, ou só se encantar.

 - Pedro Amorim.

29 de junho de 2011

A prisão.

Tu, e tua caneta, a memória em branco; o papel por estar lá. O teu cérebro a trabalhar, a processar doces sabores, antigos aromas, a tortura do passado; a tortura que é o passado. Entregas-te logo à história que lhe causa nostalgia, contada novamente por um filme falho. Deixa a musica tocar, deixa o som dominar, deixa a mente voar… As palavras acordarão e dançarão para fora da toca, deslizarão e com suaves movimentos se deitarão sobre o plano. Deixe-a cantar, deixa a mão dançar, não te acanhes, é só uma história, pois não há o que temer, é uma história de ninar. Mesmo que para a eternidade.

Burn

O teu cheiro,

O meu anseio,

Vossa chama

Que em silencio

Arde rente ao peito.

Burn=Brun

Essa é para a minha flor.

8 de junho de 2011

Então Deus disse:



“Não é bom que o homem esteja só.”
                                                 Genesis 2:18

7 de junho de 2011

Véu da Vida



De Pedro Amorim e Marcos Santos

Que destino terá a vida,
Neste trem a caminho do nada?
E que mudança será vivida,
Se esperarmos sempre pela mesma jornada?

Lá fora, bem longe desta janela
Encontram-se os nossos versos
Campos, cheios de avidez, que não despertam,
Se entregam...

Lá fora, a liberdade nos espera.
Lá se encontra, um mundo disperso
Lá fora, bem longe desta viagem,
Encontram-se os nossos pensamentos
Que nos esperam na linda paisagem
Vivendo, a cada momento
Voando, além do universo.

Além, muito além deste trilho
Ah, eu vejo, pássaros voando,
O rio, que não perde seu brilho
Andarilhos, que não perdem seu caminho

Distante, bem distante desta janela
Eu vejo a vida, ah, a vida, bela,
Verdadeira e justa, como só ela,
Eu vejo. A vida me espera.

Céu e mar, casados
Florestas e vales, sonhados
Por que ainda não despertamos-nos?
Por que ainda, iludidos... neste mar de acasos?

Lá fora
A memória
Vive sem rumo,
Ela cava seu túmulo
Pensando ser escória
Mas resiste,
E nos conta sua história.

Por que não percebem? Se só eles mesmos
Como bem são, podem parar e sair deste trem
Fugir, e entender a vida como ela é

A verdade, esmaece, enquanto sobre o trilho
Desliza o trem. Enquanto eles se esquecem
A vida, lá fora, se perde e não mais aparece...
A vida, muito além desta janela, é diferente
Tem brilho e tem luz... e não nos esquece.