26 de janeiro de 2011

Um amor, uma memoria

Um amor, uma memória


Disseram-me que era só faze,
Que logo passaria e eu não mais me lembraria.
Como se meus olhos hoje vissem
O que amanhã se apagaria,
É como agora entendo, porque não houve mais alegria.
Talvez fosse uma frágil borboleta,
Um pássaro sem asas, um pardal sem casa...
Algo que eu não pudesse mudar.
Talvez um navio, que do mar me resgataria,
Talvez uma impressão, ou até mesmo uma obsessão.
Para que entender?
A vida me oferece todo o tempo do mundo para isso.
Não me preocupo, pois não vou esquecer
Do primeiro dia, onde te conheci,
Nem do último, onde em meu vasto campo, teu amor
Me deixou uma caveira, sim, uma linda caveira,
Que para sempre eu guardarei como uma bela rosa.
Uma rosa, em minha memória,
Ou então, num livro sem história?
Só o que vejo agora
São lembranças que não mais existirão,
Lembranças sem sentimentos, de nenhuma opinião.
É tudo como se hoje eu visse
O que o tempo jamais apagou.
Como se hoje eu lesse
A minha busca, incessante, pela alegria
Num conto onde se revela
A cena intacta de minha vida
Onde não houvera história,
                            e só uma rosa...

21 de janeiro de 2011

R.I.P.

R.I.P.

I am not trying to find our way
I'm just going to home
Through the rain, through the rain

I just can't fight anymore
And i was so strong before
Now i can't hold any weapon, any weapon,

Can't you see? It affected my brain
This is not too right
Turn around the cards
And play again, play again

Can't you see into the sky?
There's no highway
There's no final day
I can't fly, i can't fly

Can't you see?
Can't you feel?
There's no way
And no hiding place, no hiding place...

In this war
It's all afar
Fallen star
Is what we are

In this war
There's no escape
To find out light
In this constant fight

Please
Let me go away
For my resting place
Through the storm, through the storm
To fix my soul
And rest in peace...

Then, i see
No mercy, no mercy...

Tadashi Abe (7.º dan de Aikido)/ filosofia

“Praticar uma arte marcial como simples treino esportivo equivale a cultivar flores num jardim de cimento; não produz flor nem eficácia. Os esportes estão codificados por regulamentos estabelecidos para suprimir o máximo de perigo; é o objectivo do esporte. As artes marciais devem fomentar a audácia, o sangue-frio, a resistência, o golpe de vista, diante dum ataque armado... dum combate em que se pode perder a vida... não um título; é o objectivo das artes marciais”.

“Uma queda! Um golpe! Não terminam o combate, se a queda for amortecida, se o golpe foi superficial... porquê considerar-se vencedor por destes factores? O esporte é generoso em fazer crer no milagre. Se o combate for real... se a mão segura uma faca... essa glória será talvez póstuma. Entre a teoria e a prática, entre o esporte e a realidade, pode haver a diferença da vida e da morte”.

19 de janeiro de 2011

Dia seco

Dia seco

Um raio, uma lança
Um flerte, minha esperança
Antes mesmo que eu saiba
Que eu veja tua alegria pelo amanhecer
Minha poesia foge e não mais se vê
Quero que saiba
Pois hoje
Minha inspiração morre ao alvorecer

18 de janeiro de 2011

Tristeza de um rei

Tristeza de um rei

Por que eu? Por que a mim?
Se com um simples toque destruí tudo.
Por quê? Por que assim?
Se em vão o tempo correrá
E nada sobrará para contar.
Sua voz, aquela que me chama
Para dentro do fogo azul, me atrai a quem nunca se mostra.
O fogo que dança, dança, e nunca nos alcança
Tão sóbrio e acolhedor, nos separa...
Às vezes, pobre e indeciso,
Sem saber onde quero chegar,
Não ouço, não entendo. Então...
Para que vencer? E por que temer?
Se o mesmo fogo que queima
É o mesmo que nos consome.

"Anseia rei, nunca satisfeito
Nunca perde, nunca cede, nunca vê.
Não vive para crer.
Dentro de sua própria casca
Segue em chamas, e ali derrama
Toda a insignificância de seu ser."

Não importa o quanto mandei matar,
Ou quantas chances atirei ao mar,
Lágrimas que arranquei,
Ou quantas palavras ignorei.
Cartas que não li, rosas que sufoquei,
Espinhos que plantei...
Só o que fiz foi te amar.
Te amar, cegamente, para sempre.
Para sempre...

Do tempo, antigos presentes

Do tempo, antigos presentes

Vaga pelo ar a energia que não sentira há tempo
Da nostalgia do ser
A tua ânsia, o teu querer
Quisera colocá-la num pote de vidro
Para depois observá-la
E indagar
O que alheiamente te observava
Enquanto dormia despreocupadamente
Perdido em lugares distorcidos pela mente

Vaga pelo ar o teu desejo
Teu respeito...

Eu sei, arde
Mas nunca é tarde
Para voltar a sonhar
Com o que sinceramente
Lhe faz feliz

Antigos sonhos
Enterrados anseios
Apenas um punhado
Da magia do tempo

Teu dom, tua força
Resgata sem medo
Sem desespero, protege tua cabeça
Unge-te com o que o tempo não pode quebrar.

Volta ao teu quintal
Onde ainda vive o teu natal
Perto de quem ama
E seguro por onde anda
Do passado, o teu presente
Deste presente, apenas a tua felicidade.

8 de janeiro de 2011

4 de janeiro de 2011

Alma na tela.

Alma na tela.

Desliza o tempo sobre tuas mãos,
Escorrega a tristeza dos que morreram em vão.
Percebe o luar?
Ele não existe.

A noite persiste,
E tu está triste.

Vá na frente.
O vento está morto,
E a noite está quente.

O mar está calmo,
Não ouço um som.
Cante alto,
Para dentro da ilusão.

Esgote todo
O fôlego de teu pulmão.
Teu coração, um vulcão.
Nada espera,
Até que a respiração ofega.

Aprecie,
É esbelta.
Apague a vela,
Pois a noite é bela.