22 de fevereiro de 2014

Mãos de dois gumes.

A mesma mão que me afaga
É a que me mata.

É a mão que me protege
E me afasta de minha espada.

A mão que me agrada com bons presentes
É a mesma que me arranca meu melhor talento.
Transforma a sintonia do meu viver
E adia a minha paz enquanto a aguardo com grande ansiedade.

A mão que me desarma
A mão que me conquista
A mão que me acolhe e me lava
E me põe de volta à vista
Da real natureza de minha sina.

A mão que me afaga
É a mesma que me mata.

Um comentário: