26 de março de 2011

O poeta e seu Iceberg

O poeta, em seu iceberg
Navega através dos mares
Avista horizontes e lugares
Onde, sem hesitar, segue,
E em seus novos ares
Deixa que a inspiração o leve.

O poeta navega ao nada,
Mas segue os caminhos traçados
Num mapa
Escrito em sua alma
E não resiste,
Apenas segue a maravilhosa jornada.

De alma completa,
Acorda o ser nele adormecido:
A alma poeta
Que se faz presente,
E o poeta em seu iceberg
Segue pelas correntezas
Deste mar de poesia.

Fora de si,
Busca nas palavras abrigo
E nas cavernas da imaginação
Desenha com a mão
Aquilo que lhe vive escondido.

O poeta não abandona seu iceberg
Pois ele sabe
Que nenhum iceberg é vivo
Sem poeta
E que poeta sem alma
Não é poeta.

Por Marcos santos de Porteiras Poéticas.

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