18 de outubro de 2010

Rejeitar

Coisinhas brilhantes
Que se escondem no escuro
Assim como os diamantes
De um ar tão puro

As observo desta margem
Deitado neste gramado
Banhado por um rio amado
Que reflete a mesma imagem

Observa enamorado pela lua
Trocando olhares por esta rua
Tão vaga, tão bonita
Tímida, ninguém imita

Brilham eles lá
Os diamantes desse par
E eu apenas a sonhar
Com esses amantes do luar

É triste quando começa a clarear
Um véu se estende
Destinado a nos separar
Nada mais se entende

A lua se vai; os pequenos diamantes se vão
Chegou a hora
Triste vou embora
Então o rio corre em vão

Encostado numa cerejeira
Dedilho as cordas do violão
Observo de qualquer maneira
O rio bem longe deste chão

Nela pensa ele
Com ela espera ele
Assim ele a faz querer todas as noites reaparecer
O rio amado, refletindo mesma imagem ao amanhecer
Mesmo ausente lá, naquela margem

Por que motivo sentes a vida assim?
É assim que Ele a quer para mim
O que amamos muitas vezes se vai
Não quer dizer que acabou...
Esta flor que cai
Vê seu mundo que desmoronou

Em meio a este som suave
Semelhante ao vôo de uma ave
Olho para o céu
Para muito além deste véu

Agora sei que elas me observam de lá
Eu as espero voltar, sem rejeitar
Diamantes brilhantes, amantes eternos
São as estrelas, com as quais eu quero sonhar

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