24 de dezembro de 2010

Menina de pedra

Teu céu opaco
Tua calma sobre o rasgo,
Tudo forma um arco
Sobre a essência de teu espaço.

Não existe um laço,
Pois em tudo que faço
Para ti não há fato.
Repetem-se em teus olhos
Sempre os últimos atos.

Agora...
Nada que leve ao caso.
Tudo continua a formar um arco,
E tu a se ausentar de teu espaço.

Espera, debaixo da chuva,
O que ninguém pode lhe dar
Ou jamais encontrar
Tua alma a findar,
E eu aqui para te escutar.

Tu e teu guarda-chuva,
Em uma só penumbra,
Aguardam pelo amanhecer,
Mas nada muda.

Teu coração,
Vazio e exilado.
Teu céu,
Disparado ao nada,
Como teu olhar
Que virado ao passado está.
E não há ninguém para lhe mostrar
O belo caminho que tens pela frente.

Está tudo a findar,
Como tua calma sobre o rasgo;
Tua angustia que se torna raiva
E tu, dormente.

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