18 de janeiro de 2011

Tristeza de um rei

Tristeza de um rei

Por que eu? Por que a mim?
Se com um simples toque destruí tudo.
Por quê? Por que assim?
Se em vão o tempo correrá
E nada sobrará para contar.
Sua voz, aquela que me chama
Para dentro do fogo azul, me atrai a quem nunca se mostra.
O fogo que dança, dança, e nunca nos alcança
Tão sóbrio e acolhedor, nos separa...
Às vezes, pobre e indeciso,
Sem saber onde quero chegar,
Não ouço, não entendo. Então...
Para que vencer? E por que temer?
Se o mesmo fogo que queima
É o mesmo que nos consome.

"Anseia rei, nunca satisfeito
Nunca perde, nunca cede, nunca vê.
Não vive para crer.
Dentro de sua própria casca
Segue em chamas, e ali derrama
Toda a insignificância de seu ser."

Não importa o quanto mandei matar,
Ou quantas chances atirei ao mar,
Lágrimas que arranquei,
Ou quantas palavras ignorei.
Cartas que não li, rosas que sufoquei,
Espinhos que plantei...
Só o que fiz foi te amar.
Te amar, cegamente, para sempre.
Para sempre...

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