26 de janeiro de 2011

Um amor, uma memoria

Um amor, uma memória


Disseram-me que era só faze,
Que logo passaria e eu não mais me lembraria.
Como se meus olhos hoje vissem
O que amanhã se apagaria,
É como agora entendo, porque não houve mais alegria.
Talvez fosse uma frágil borboleta,
Um pássaro sem asas, um pardal sem casa...
Algo que eu não pudesse mudar.
Talvez um navio, que do mar me resgataria,
Talvez uma impressão, ou até mesmo uma obsessão.
Para que entender?
A vida me oferece todo o tempo do mundo para isso.
Não me preocupo, pois não vou esquecer
Do primeiro dia, onde te conheci,
Nem do último, onde em meu vasto campo, teu amor
Me deixou uma caveira, sim, uma linda caveira,
Que para sempre eu guardarei como uma bela rosa.
Uma rosa, em minha memória,
Ou então, num livro sem história?
Só o que vejo agora
São lembranças que não mais existirão,
Lembranças sem sentimentos, de nenhuma opinião.
É tudo como se hoje eu visse
O que o tempo jamais apagou.
Como se hoje eu lesse
A minha busca, incessante, pela alegria
Num conto onde se revela
A cena intacta de minha vida
Onde não houvera história,
                            e só uma rosa...

2 comentários:

  1. Que belo poema, rapaz! Lindíssimo poema!

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  2. Olá Pedro
    vim aqui fazer uma visita no seu blog..
    e me surpreendi com seus poemas,fortes,delicados e intensos ao mesmo tempo
    continue assim,levando ao mundo a visão sobre ele...
    Parabéns continue tocando em frente

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