20 de abril de 2011

Para quê filosofia?

A filosofia é um labirinto que não nos levará a lugar algum senão a mesma resposta: "por quê?"

É infinita, pois, quando nos perguntamos algo, procuramos pela resposta já existente dentro de nós. Mas como não domamos o conhecimento, nem temos idéia do que seria tê-lo por inteiro em nossas mãos, logo, chegamos a conclusão de que perguntas serão eternas.

O que então resolverá?
E para onde vamos caminhar?
Se hoje sou filósofo, amanhã filósofo serei.
O mesmo fazendo as mesmas perguntas.

A filosofia nada "traduz", e nada resolve; trata-se de redescobrir quem és. É o caminho pelo qual encontrará respostas, e delas fará o que quiser. É o caminho que o ajudará a observar o mundo com outros olhos, e então entenderá, que nada vai mudar. Uma transformação ocorre e logo deixará de entender as respostas dadas aos porquês anteriores, descobre que tolices eram suas atitudes e seu modo de pensar. No entanto, a filosofia progride de acordo com a transformação em si mesmo, mas nunca é completa, você sempre estará se transformando, descobrindo, desmascarando, criticando... Pode-se até chegar além da compreensão dos mais sábios, pode estar certo (à caminho do que quer), porém, a ilusão sempre estará ao lado. Além do mais, quando conseguir o que cobiça, o que vai fazer? Viver às custas de realizações? Tornar-se cego? Para onde a filosofia te levará? E em quem ela o transformará? Eis sobre o nobre tabuleiro, mais perguntas...

Como podemos descobrir se o conhecimento é mesmo infinito?
E se for, até que ponto vamos indagá-lo? Se a resposta for "eternamente", às custas de realizações e transformações viveremos, tapando buracos vazios sem nenhum sentido. Afinal, já não fazemos isso sem mesmo perceber? Será esse o sentido da vida? A filosofia lhe responderá, e boa sorte, porém a resposta certa nunca encontrará, nem dentre as milhares alguma resolverá...

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