13 de janeiro de 2012

O encerramento para o fim.

Um espírito no espaço
Ou uma chama a se apagar?
Dentre tantas outras formas de morrer
Escolheste desaparecer aos poucos
Não sentir dor, mas se deixar sofrer
Por este leve desespero
De morrer
Sentir na pele a areia corroer
E descobrir; perceber que além dos montes
 De poeira (cósmica)
E das vastas e nebulosas
Explosões (químicas) de alegria
Existe outra forma de viver
Além da angústia e da euforia
Longe de programadas emoções
Algo como pisar em sagradas terras
E não precisar optar
Apenas sentir e respirar
A leveza de viver em paz
Como viver no espaço
E ser mais uma chama a se apagar.

Poesia sem estrofes
Uma crônica sem versos!
A esperar do espaço
Onde vive o nada
Uma chance para o encerramento
O fim mais injusto que se pode ter!
Pois em memorial a tua morte
Não lhe é digno uma pedra
Ou um buraco negro.

Deus lhe deu a vida,
E dessa vida fizeste um cometa atoa;
Enquanto estrelas cadentes morrem em seu lugar,
Enquanto a flor da vida
                 nada mais for que um encerramento para o fim,
Não lhe será digno uma pedra ou um buraco negro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário